A avareza pode ser definida como um desejo desmedido de acumular riquezas e uma busca incessante por ter mais. No entanto, a Palavra de Deus nos alerta sobre os perigos dessa atitude. Jesus nos adverte em Mateus 6:24, dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Nesse contexto, Ele nos ensina a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, confiando que Ele suprirá todas as nossas necessidades (Mateus 6:33).
A tentação de buscar riquezas terrenas pode nos levar por caminhos perigosos. Jesus ilustra essa realidade na parábola do semeador, em Mateus 13:22-23: “A semente que caiu entre espinhos representa aqueles que ouvem a palavra, mas as preocupações desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera. Mas a semente que caiu em boa terra representa aqueles que ouvem a palavra, a compreendem, e dão uma colheita de trinta, sessenta ou até cem por um”.
A Bíblia nos alerta sobre o perigo da avareza e o seu efeito de afastamento de Deus. Em Marcos 7:21-23, Jesus fala sobre as más intenções do coração humano, incluindo a avareza. Ele diz: “Pois de dentro, do coração humano, é que vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a libertinagem, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam impuro o homem”.
O avarento busca incessantemente riquezas, mas muitas vezes não reconhece a brevidade da vida e a inutilidade de acumular tesouros terrenos. Salmo 90:10 nos lembra que “os dias da nossa vida chegam a setenta anos ou, sendo mais robustos, a oitenta; contudo, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!”.
O avarento vive em constante insatisfação e desejo desmedido por mais. No entanto, a Palavra de Deus nos ensina a buscar contentamento em todas as circunstâncias (Hebreus 13:5; 1 Timóteo 6:6). Devemos aprender a valorizar e ser gratos pelo que temos, reconhecendo que tudo o que possuímos vem do Senhor. Aqueles que vivem em contentamento experimentam uma paz que ultrapassa a compreensão humana e são capazes de desfrutar plenamente das bênçãos presentes em suas vidas. Como seguidores de Cristo, somos chamados a ser mordomos fiéis dos bens que Ele nos confiou. Lucas 16:11-13 nos ensina: “Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se vocês não forem dignos de confiança em relação ao que é dos outros.
Em meio à cultura da avareza e do desejo desmedido por mais, a Palavra de Deus nos exorta a buscar o contentamento. Hebreus 13:5 nos lembra: “Estejam livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o abandonarei'”. Além disso, o apóstolo Paulo nos ensina em 1 Timóteo 6:6: “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro”.
A avareza é uma armadilha que nos afasta de Deus e nos prende às preocupações e desejos passageiros deste mundo. É essencial que reconheçamos a importância de buscar primeiro o Reino de Deus e confiar em Sua provisão. Devemos ser mordomos fiéis dos bens que Ele nos confiou, utilizando-os de maneira generosa e sábia. Ao contentarmo-nos com o que temos, encontramos verdadeira paz e segurança em Deus.
Portanto, lembremo-nos das palavras de Jesus em Mateus 6:19-21: “Não ajuntem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração”.
Que possamos renunciar à avareza e viver uma vida de generosidade, confiança e contentamento, buscando agradar a Deus em todas as áreas de nossas vidas.
Pr. Rilson Mota
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