Introdução: Vivemos em um mundo onde somos constantemente bombardeados por tentações e influências que nos afastam dos princípios cristãos. Nesse contexto, Paulo, em sua carta aos Gálatas, nos alerta sobre as “obras da carne” e as consequências de nos entregarmos a elas. Este estudo visa nos guiar através dessas obras e nos ajudar a compreendê-las e evitá-las.
1. O que são as obras da carne? Gálatas 5:17-21 diz: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”
As “obras da carne” são listadas pelo apóstolo Paulo na epístola aos Gálatas, especificamente em Gálatas 5:19-21. De acordo com essa passagem, as obras da carne são:
- Prostituição
- Impureza
- Lascívia
- Idolatria
- Feitiçarias
- Inimizades
- Porfias (disputas, contendas)
- Ciúmes
- Iras
- Discórdias
- Dissensões
- Facções (ou heresias)
- Invejas
- Bebedices (embriaguez)
- Glutonarias (excessos, festas descontroladas)
Paulo conclui a lista com uma observação de que existem “coisas semelhantes a estas” indicando que esta lista não é exaustiva, mas serve como uma representação das várias maneiras pelas quais a natureza pecaminosa humana pode se manifestar. Ele também adverte que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Estas “obras” são as manifestações de nossos desejos carnais que nos afastam de Deus e do fruto do Espírito.
2. Como evitar as obras da carne?
- Vigilância e oração: Mateus 26:41 nos aconselha: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”. A oração e a vigilância são essenciais para resistir às tentações.
- Alimentar-se da Palavra: Salmo 119:11 declara: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”. Ao nos alimentarmos da Palavra, fortalecemos nosso espírito contra as obras da carne.
- Andar no Espírito: Gálatas 5:16 nos orienta: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”. Quando somos guiados pelo Espírito Santo, não nos entregamos aos desejos da carne.
- Evitar más influências: 1 Coríntios 15:33 nos lembra: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Ao nos cercarmos de boas influências, fortalecemos nossa resistência às obras da carne.
Conclusão: Por que o verdadeiro cristão deve mortificar sua carne? Romanos 8:13 nos diz: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.” A carne nos separa de Deus e nos impede de experimentar plenamente o amor, a paz e a alegria que Ele deseja para nós.
Além disso, mortificar a carne é uma demonstração de nossa submissão e compromisso com Cristo. É uma expressão de nossa decisão de não permitir que os desejos pecaminosos governem nossas vidas, mas sim, de sermos governados pelo Espírito de Deus.
Ao evitar as obras da carne e viver segundo o Espírito, entramos em um relacionamento mais profundo e significativo com Deus, experimentando a verdadeira liberdade que Ele nos oferece. Sejamos, portanto, vigilantes e dedicados em nossa caminhada cristã, lembrando sempre de mortificar nossa carne e viver para a glória de Deus.
Pr. Rilson Mota
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