Pr. Rilson MotaPr. Rilson Mota

Sermão Culto de Terça – Feira  18/07/2023  Título: O Sofredor Servo de Deus: Uma Reflexão sobre Isaías 53:1-9

Introdução:

Nossa reflexão hoje centra-se em uma das passagens mais poderosas e proféticas da Bíblia, Isaías 53:1-9, que prediz o sofrimento e o sacrifício do Messias por nossos pecados. Este texto, embora escrito séculos antes do nascimento de Cristo, é uma visão clara do que Ele viria a sofrer pela redenção da humanidade.

Tópico 1: A incredulidade da humanidade (Isaías 53:1, João 12:37-38)

Isaías começa com uma pergunta retórica: “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Isaías 53:1). Esta é uma alusão à incredulidade da humanidade, também evidente no evangelho de João (João 12:37-38), onde muitos, apesar dos milagres de Jesus, ainda assim não creram Nele.

Tópico 2: O Messias sofredor e desprezado (Isaías 53:2-3, Filipenses 2:6-7)

Isaías descreve o Messias como “um renovo”, “sem formosura nem majestade”. Este sofredor servo de Deus não seria reconhecido ou valorizado pela humanidade (Isaías 53:2-3), uma realidade ecoada na encarnação de Cristo, que “se esvaziou” tomando a forma de servo (Filipenses 2:6-7).

Tópico 3: O sacrifício vicário (Isaías 53:4-6, 1 Pedro 2:24)

Isaías profetiza que o Servo sofreria pelas transgressões, iniquidades e pecados da humanidade (Isaías 53:4-6). Este é um sacrifício vicário, prefigurando a obra de Cristo na cruz, conforme Pedro confirma em sua primeira epístola (1 Pedro 2:24).

Tópico 4: O Cordeiro silencioso (Isaías 53:7-8, Mateus 27:12-14)

O Servo é descrito como um cordeiro levado ao matadouro, que não abre a boca diante de seus acusadores (Isaías 53:7-8). Esta profecia encontra seu cumprimento quando Jesus permanece em silêncio diante de Pilatos (Mateus 27:12-14).

Tópico 5: A morte injusta e a promessa da ressurreição (Isaías 53:9, Lucas 23:50-53, 1 Coríntios 15:3-4)

Finalmente, Isaías menciona que Ele seria morto injustamente, mas que “com o rico estaria na sua morte” (Isaías 53:9). Vemos essa profecia cumprida quando Jesus é sepultado no túmulo de José de Arimateia, um homem rico (Lucas 23:50-53). No entanto, a história não termina na morte, pois a ressurreição é a promessa final (1 Coríntios 15:3-4).

Conclusão:

Como servo e estudioso da Palavra, somos chamados a mergulhar profundamente nessas passagens proféticas e contemplar sua relevância e realização em Cristo. O Servo Sofredor de Isaías 53 é um retrato vívido de nosso Salvador, um lembrete de Seu sacrifício e um testamento de Sua vitória sobre o pecado e a morte. Que essas reflexões nos inspirem a viver com gratidão pelo amor de Cristo e a compartilhar as boas novas de Sua redenção.

Pr. Rilson Mota

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