Pr. Rilson MotaPr. Rilson Mota

O Milagre em Naim: Lições da Ressurreição do Filho da Viúva

No livro de Lucas 7:11-16, encontramos a comovente história da viúva de Naim, uma mulher cujo nome não é mencionado, mas cuja situação fala profundamente ao coração humano. Ela havia perdido seu único filho, encontrando-se assim em uma situação de completo desamparo. Em uma sociedade que deixava as viúvas à margem, a perda do único filho agravava ainda mais sua vulnerabilidade.

Porém, o caminho da viúva se cruzou com o de Jesus, o mestre galileu, que estava acompanhado por seus discípulos e uma grande multidão. Jesus, movido por profunda compaixão, interrompe o cortejo fúnebre. O encontro, narrado em Lucas 7:15, muda o destino daquela mulher: “O morto se levantou e começou a falar, e Jesus o deu à sua mãe”. O mestre, com uma palavra, traz o jovem de volta à vida, devolvendo à viúva o seu único filho.

A reação das pessoas que testemunharam esse milagre é de reverência e assombro. Aqueles que presenciaram o acontecimento glorificaram a Deus, reconhecendo em Jesus o cumprimento da antiga promessa feita em Deuteronômio 18:15: “O Senhor, teu Deus, te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvirás”. Essa mesma profecia é referenciada em Atos 3:22,23 e 7:37, e o milagre em Naim só confirmava que Jesus era o profeta prometido por Deus.

Esse evento despertou muitas reflexões entre o povo, conforme relatado em Mateus 16:13; Marcos 8:28; Lucas 9:18,19. Ao indagar seus discípulos sobre quem as pessoas pensavam que Ele era, as respostas apontavam para os profetas, mas o milagre em Naim reforçava que Jesus era muito mais: Ele era o Messias, o enviado de Deus.

No entanto, o que a história da viúva de Naim nos ensina hoje?

Primeiro, a passagem ressalta a soberania de Deus e o poder de Jesus sobre a vida e a morte, uma verdade que se revela completamente na ressurreição de Cristo, como retratado em Apocalipse 1:18: “Eu sou o que vive; estive morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Segundo, a história destaca a profunda compaixão de Jesus pelas pessoas em situações de sofrimento. A viúva estava desamparada, mas Jesus, em sua misericórdia, devolveu-lhe a esperança e a alegria. Esse gesto ecoa outras passagens bíblicas, como em 1 Reis 17:20-22 e 2 Reis 4:32-35, em que Deus, através de Seus profetas, também ressuscitou os mortos, mostrando Seu poder e compaixão.

Além das verdades eternas, a história da viúva de Naim oferece lições práticas para questões do cotidiano. Nos ensina sobre a compaixão, a esperança e a fé que vence o impossível. Nos lembra que, mesmo em momentos de desespero, a fé em Jesus pode trazer luz onde há escuridão.

A Bíblia é uma bússola que nos aponta para Jesus. Cada história, cada milagre, nos convida a um encontro mais profundo com Ele. A história da viúva de Naim é um lembrete de que devemos buscar a Jesus em todas as circunstâncias, pois Ele é a ressurreição e a vida.

Portanto, que a lembrança do milagre em Naim sirva de inspiração constante em nossa caminhada de fé, lembrando-nos do imenso amor e poder de Deus manifestos em Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor.

Pr. Rilson Mota

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